Blog

O melhor do RD on the Road 2017 - Porto Alegre (parte 1)

Publicado dia 12/04/2017

 

Para acompanhar de perto as principais novidades do marketing digital e relembrar sempre as melhores práticas, nada melhor do que ouvir quem é referência no mercado. Por isso, fomos conferir a última edição do RD on the Road, evento itinerante da Resultados Digitais. Foi um dia inteirinho cheio de dicas para melhorar a performance no marketing digital. Confira e pratique!

Marketing digital de resultados - Eric Santos/Resultados Digitais

Marketing digital de resultados foi o tema da palestra de Eric Santos, CEO da Resultados Digitais, que abriu o evento.

A partir do exemplo da trajetória da Resultados Digitais, mostrou como a automação de marketing pode promover um crescimento previsível, escalável e lucrativo.

O conteúdo é peça-chave para escalar este crescimento e, apesar de representar um esforço maior no início do processo, traz um retorno bem interessante ao longo do tempo. A produção consistente e frequente de conteúdo relevante também cria uma barreira competitiva, já que constrói a autoridade da empresa em sua área de atuação.

São três as etapas de uma metodologia de crescimento apoiada em automação de marketing:

  •  Inbound Marketing
  •  Inbound Sales
  •  Customer Success

O gerenciamento envolve ainda:

  • Premissas/projeções - monitoramento mês a mês
  • Planejamento e priorização - análise, metas e projetos
  • Execução - medição das metas, relatórios e acompanhamento 1 a 1

A criação deste processo é vital para o sucesso e um dos principais desafios é superar o vale de 4 a 7 meses, quando ocorre a maior parte das desistências de um projeto de automação de marketing.

Para um projeto vencedor é importante, desde o início, estabelecer um plano de melhoria contínua. Como funciona? Selecionar uma métrica e crescer 10% a cada a mês. Ao final de três de anos, o crescimento terá sido de 30X. É possível, fica o desafio!

O que é preciso saber para aplicar inbound marketing na prática
Gabriel Costa/Resultados Digitais

Gabriel, também da Resultados Digitais, lembrou que, até pouco tempo atrás, o vendedor estava no início do processo de compra. Hoje, com a abundância de informação na internet, a situação é diferente: 67% do processo de compra é feito ANTES do contato com o vendedor, que só entra nas etapas finais do processo.

E como o consumidor é parte mais do que ativa na busca de informações, o funil de vendas, base de uma estratégia de inbound marketing, é fundamental para guiá-lo em sua jornada de compra. ATRAIR, CONVERTER, RELACIONAR, VENDER e ANALISAR são as etapas do funil e as empresas que dominam bem este processo conseguem identificar o momento de compra do lead e conduzi-lo adequadamente em cada fase.

No entanto, o principal erro na implementação de uma estratégia de inbound marketing é atuar em muitas frentes ao mesmo tempo, fazer um pouco de cada coisa e nada com excelência. Para evitar esta armadilha, a solução é dar um passo de cada vez e começar com:

  • Conteúdo de qualidade (e-book, planilha, webinar, etc.);
  • Geração de leads (via landing pages);
  • E-mail marketing (relacionamento a partir de um calendário, trabalhando bem a segmentação da base, para envio da mensagem adequada ao momento do lead na jornada de compra).

É fundamental analisar o resultado da campanha de e-mail, assim como já planejar a produção de conteúdo, definindo temas e um calendário de publicações, para nortear a criação de pelo menos quatro blog posts a cada mês.

Já no processo de vendas, é importante ter uma abordagem consultiva e ir para a conversa com o passo o passo de cada prospect durante a jornada. As chances de conclusão do negócio serão bem maiores. Criar uma oferta de fundo de funil no formato de bate-papo poderá ser bem útil também nesse processo.

O passo a passo para criar uma estratégia de marketing de conteúdo
Flavia Gamonar / Content Review

Basta estar conectado para perceber que, hoje em dia, o volume de conteúdo produzido é estonteante. O uso de dispositivos móveis tem muita participação nisso e a questão central é: como ser visto em um ambiente tão ruidoso? Já não basta produzir conteúdo e sim produzir o MELHOR conteúdo, que, entre uma série de características, precisa ser também HUMANO. Foi com este enfoque e com uma série de dados sobre os números da web, que Flavia Gamonar iniciou sua palestra.

Para gerar bom conteúdo, portanto, um dos primeiros passos é pensar em primeiro ser útil e, depois, gerar negócios. Da mesma forma, é fundamental compreender que a publicidade, agora, é o início e não o final da conversa e ter sempre em mente o “Fator F” (Family / Friends / Fans). Entender os micromomentos do brasileiro nos smartphones/tablets também ajuda. São eles:

  • Quero saber
  • Quero ir
  • Quero fazer
  • Quero comprar

Para ter resultados consistentes com marketing de conteúdo, também é preciso:

  • Ter um modelo de negócios claro - o que vendemos, afinal?
  • Manter os canais de comunicação atualizados;
  • Desenvolver uma comunicação clara e completa;
  • Alinhar a equipe de produção de conteúdo.

E isso tudo porque se o conteúdo é rei, a experiência de consumo deste conteúdo é rainha.

Definir as PERSONAS também é parte essencial de uma estratégia de marketing de conteúdo. Elas vão muito além do público-alvo, são um arquétipo deste público. Entre outros aspectos, é essencial entender suas dores e problemas, seu ciclo de compras e como preferem interagir com fornecedores ou vendedores.

Descobrir as informações que as pessoas buscam também ajuda a produzir conteúdo relevante e há algumas formas de fazer isso:

  • Pesquisa de palavras-chave
  • Recurso autocompletar do Google
  • Análise dos dez primeiros resultados orgânicos do Google para a busca de uma palavra-chave

Para ser relevante, vale ainda se comportar como um veículo de comunicação e fazer do conteúdo o seu negócio, sempre colocando o blog da empresa no centro da estratégia. Caso a empresa ainda não tenha um blog, é possível usar o LinkedIn ou o Medium como plataformas de publicação.

Por fim, algumas das principais dicas para a produção de conteúdo:

  • Fazer títulos curtos (menos de 70 caracteres), certeiros e informativos . Evitar o sensacionalismo;
  • Elaborar o texto com visual escaneável, para facilitar a leitura;
  • Fugir dos clichês;
  • Contextualizar o conteúdo, contar histórias;
  • Priorizar conteúdo evergreen (que dure o ano inteiro);
  • Criar conteúdo para trabalhar as objeções;
  • Cuidar a frequência e qualidade do blog;
  • Republicar, editar, otimizar e derivar materiais já existentes;
  • Analisar os resultados;
  • Integrar a estratégia com as mídias sociais.

Otimize suas campanhas de e-mail marketing - Mahara Scholz / Resultados Digitais

Mahara começou sua apresentação com dados impactantes: são 269 bilhões de e-mails enviados por mês, com 70% deste volume classificado como spam. Como fazer para os e-mails serem selecionados (e lidos)? O processo pode ser dividido em três etapas: 

Na etapa de PLANEJAMENTO, sempre lembrar que o e-mail é um meio de distribuição e não um fim. Com este aspecto presente, mapear:

  • Persona
    Entender quem são as pessoas destinatárias de uma ação de e-mail marketing, assim como as informação(ões) de que precisam. Determinar então o conteúdo, assim como o estilo de fala e construir a estratégia.
  • Jornada de compra
    Identificar o estágio de compra abordado pelo conteúdo do e-mail. Está associado à fase de aprendizado, de reconhecimento do problema ou de decisão final?
  • Segmentação
    Definir as pessoas que serão impactadas em cada estágio da campanha. A segmentação é o elo entre a persona e o timing. Em que momento alguém deve receber determinado conteúdo?
  • Frequência
    Analisar os resultados das ações de e-mail marketing é a melhor forma de definir a frequência ideal de disparo de e-mails, já que não existe uma regra. Recomenda-se analisar a taxa de abertura para estabelecer a quantidade ideal de mensagens a ser enviada em um intervalo de tempo.
  • Calendário
    Definir o calendário de disparos, para que a comunicação tenha uma sequência, um ritmo, uma cadência.
  • Base (gerada x comprada)
    Uma base gerada tem muitas vantagens em relação a uma base comprada. Na base gerada, por exemplo, é possível conhecer o comportamento do lead na jornada de compra. Além disso, os endereços de e-mail tendem a ser mais atualizados. Caso seja necessário usar uma base comprada (ou recebida de um parceiro), convém utilizar, antes, uma ferramenta de higienização de e-mails.
  • Preparação da campanha
    Estabelecer o objetivo da campanha, os conteúdos que serão trabalhados, a duração, a oferta, a segmentação.

 Na etapa de EXECUÇÃO do e-mail, levar em conta:

  • O texto do e-mail deve ser personalizado e conduzir para uma ação simples, clara e objetiva;
  • Imagens despertam sentimentos, portanto recomenda-se trabalhar com 40% de imagem e 60% de texto;
  • Trabalhar bem as frases do preheader, que aparecem logo abaixo do assunto, na caixa de entrada, e dão uma prévia do conteúdo do e-mail. Elas também são importantes para despertar o interesse;
  • Priorizar textos curtos no assunto do e-mail, já que nos smartphones, o ideal é trabalhar com no máximo 35 caracteres;
  • Se possível, conforme o perfil da empresa e do público, utilizar emojis, no assunto.
  • Aproveitar a área nobre de um e-mail (topo) para estimular a conversão, uma vez que 60% das pessoas não rolam os e-mails.
  • Trabalhar com uma menor quantidade de objetivos. Sempre que possível, o e-mail deve direcionar para uma (ou poucas) ação(ões) desejadas (ex: clique e reserve seu lugar). 

Na etapa de ANÁLISE, avaliar as métricas de e-mail marketing, que são:

  • Taxa de entrega - sinaliza o percentual de e-mails que chegou de fato ao destino final, refletindo a qualidade da lista.
  • Taxa de abertura - uma taxa de abertura alta pode indicar que a segmentação foi bem feita, que houve interesse pelo conteúdo. É importante analisar o histórico da taxa de abertura de diferentes ações, para entender o que funciona melhor no seu negócio.
  • Taxa de clique - indica o índice de cliques nos links do e-mail e, caso esta taxa seja alta, mostra que o texto/layout conduziram as pessoas à ação desejada e que a expectativa foi atendida. Vale ainda verificar os cliques por URL e ver os assuntos que mais repercutiram.
  • Conversão - é realizada após o clique no e-mail e sua análise pode indicar a eficiência desta ação ou a necessidade de possíveis melhorias nesta etapa como, por exemplo, a reavaliação das cores de uma landing page, ajustes no formulário de cadastro, texto mais persuasivo para a solicitação de um trial, etc.


Tem bastante trabalho pela frente, não é mesmo? Mas vale a pena! E se precisar de ajuda, entre em contato.